Estudos IEDE 2026
Módulo Literatura Espírita
A proposta desse módulo de estudo é disseminar a ideia de adotar-se a postura assumida por Kardec em toda a sua obra e particularmente no Catálogo Racional, último trabalho que foi distribuído a adeptos do Espiritismo e também como suplemento da Revista Espírita. Trata-se de um documento que relaciona livros mais significativos de toda ordem sobre a temática espírita, servindo também de orientação à sua leitura e à montagem de uma biblioteca espírita. Consta de três partes: Obras Fundamentais da Doutrina Espírita, por Allan Kardec; Obras Diversas sobre o Espiritismo ou complementares; Obras Feitas Fora do Espiritismo, tendo uma parte final intitulada Obras Contra o Espiritismo.
Em nenhum momento, verifica-se no catálogo livros que não devam ser lidos. Muito pelo contrário. São indicadas várias leituras e orientações de como podem ser lidas. Da mesma forma, nesse projeto conduzido pelo IEDE, não se pretende instituir um Index Prohibitorum Espírita, mas dar prosseguimento ao livre pensar, ao seguir o ponto de vista do codificador do Espiritismo de ler extensivamente muitos livros, ler todos os livros, mas utilizando certas regras para analisar e selecionar o que se vai ler.
Prática esta recomendada por Kardec, de fundamental importância para todos que queiram compreender profundamente o Espiritismo.
Na atualidade, com o crescente número de publicações de livros espíritas ou pseudo-espíritas, torna-se cada vez mais difícil “separar o joio do trigo”. Daí a necessidade da aplicação de critérios para classificar-se um livro como espírita, em consonância com os princípios e objetivos da Doutrina Espírita.
A metodologia dos estudos segue o mesmo protocolo de leitura existente no Catálogo Racional. Parte-se das Obras Fundamentais editadas por Kardec, o essencial do Espiritismo, e dá-se prosseguimento com as demais obras, obedecendo à determinada ordem que organiza e orienta as leituras. Com isso, ao mesmo tempo em que se respeita o direito de escolha do indivíduo, aumenta-se as possibilidades de compreensão mais ampla do Espiritismo através de práticas de leitura conscientes, fortalecendo com isso a manutenção da unidade doutrinária.
"Em sua acepção mais vasta, o livre pensamento significa: livre exame, liberdade de consciência, fé raciocinada; simboliza a emancipação intelectual, a independência moral, complemento da independência física; não quer mais escravos do pensamento, pois o que caracteriza o livre pensador é que este pensa por si mesmo, e não pelos outros; em outros termos, sua opinião lhe é própria. Assim, pode haver livres-pensadores em todas as opiniões e em todas as crenças. Nesse sentido, o livre pensamento eleva a dignidade do homem, dele fazendo um ser ativo, inteligente, em vez de uma máquina de crer.” (Revista Espírita, Fevereiro de 1867, em Livre-pensamento e Livre-consciência, Allan Kardec, pág. 64, 2ª. Edição, RJ, FEB, 2006).

